- n. em Ponta do Sol (Madeira), a 2.4.1924, fº de Francisco Rodrigues Macedo e de Maria de Jesus Gomes Garanito, t. h. a 2.8.1942 e pt a 8.9.1943; ps a 29.9.1946 e sac a 24.7.1949. Iniciou o seu ministério sacerdotal na Igreja-Casa de Santo António-à-Sé (Lisboa), Despertada a vocação missionária, chega à Guiné em fim de 1951. Colocam-no em Bissau como coadjutor da paróquia de Nossa Senhora da Candelária e professor do Colégio-Liceu. Dedica-se ainda à música e ao teatro. De 1958 a 1961 está na Missão de Bula como superior. Entre as iniciativas culturais aí tomadas, inclui-se a organização de um núcleo da Mocidade Portuguesa e de um grupo coral formado por 80 vozes. Em 1962 regressa a Bissau e ao ensino no Liceu Honório Barreto, leccionando Latim, Português, Canto Coral, História e Geografia. Em Janeiro de 1968 assume as funções de Reitor (na ausência do titular) e a 4.2.1968 recebe das mãos do Presidente da República Portuguesa a condecoração do Oficialato da Ordem de Instrução Pública. A 3.2.1973 é nomeado Reitor do mesmo Liceu, cargo em que foi confirmado em Setembro de 1974 pelas novas autoridades políticas da nova República da Guiné-Bissau. A instituição toma então o nome de Liceu Nacional Kwame N’Kruma. De 1976 a 1989 desempenha a função de Conselheiro Técnico e Chefe do Gabinete de Estatística e Planeamento no Comissariado de Estado da Educação Nacional, o que lhe merece um louvor oficial da parte do Governo da Guiné. Por quanto fez pela Guiné-Bissau, o Presidente João Bernardo Vieira (Nino) condecora-o em Fevereiro de 1991. Além disso, exerce, em sucessivos mandatos, as funções de Superior Regional dos Franciscanos Portugueses. Por motivos de saúde, deixa a Guiné a 19.8.1997, tendo sido colocado primeiro no Convento de São Francisco de Leiria e depois na Casa da Penha de França do Funchal (Madeira). Faleceu no Hospital do Funchal a 6 de Março de 2006. O Ministro Provincial P. Isidro Pereira Lamelas participou nas exéquias e recebeu mensagens de condolências do Ministro Geral, de autoridades eclesiásticas e civis da Guiné-Bissau e ainda de amigos guineenses. Os muitos talentos recebidos da mão de Deus pô-los a render 100%, pois foi de resistência física invejável, que manteve até poucos anos da morte.
HENRIQUE REMA